Uma definição de Filosofia (2)
Por: André Q.
13 de Abril de 2017

Uma definição de Filosofia (2)

Filosofia

Se a Filosofia pode ser nomeada, segundo a etimologia conhecida, como o “Amor à Sabedoria”, podemos derivar outras definições pelo exercício do seu sujeito e pelo objeto das suas inquirições: pensar o mundo, ordená-lo, dar sentido às coisas, encarnar em discurso e sistema as verdades – se é que existem – e as proposições encontradas. Eis, assim, que a Filosofia pode ser definida, em seguida, como o exercício da Razão.


Vejamos. Razão (Logos – λόγος – Ratio - rationem) palavra que a mesma etimologia – esta arqueologia dos significados – remete à ideia de Palavra, Cálculo, Sentido e Ordem. Sim, não são estes (devemos reforçar) os estabelecimentos próprios da Filosofia?


Tomemos, pois, essa Filosofia, obra da Razão, na amplitude de conhecimento por excelência: Tomás de Aquino, na Suma contra os Gentios, assinala que a função do sábio é ordenar.  Sabemos – o filósofo é o amigo da sabedoria que pretende compreender, e, então, ordenar o mundo. O bom uso da Palavra, por sua vez, é requisição filosófica, quer como sinceridade e empenho discursivo, ou, entre os sofista, o puro manejo dos argumentos. Ademais, aquela Palavra, tomada no sentido grego do Logos, não apresenta no Evangelho de João a força criadora do mundo?


A Razão filosófica é, além disso, Cálculo; e no termo estrito. A Matemática, com efeito, é ligada à filósofos (Tales e Pitágoras, na antiguidade; Descartes, na modernidade, para exemplificarmos poucos) e o próprio exercício de calcular é trabalho filosófico: delimitar, medir e certificar-se acerca das extensões da matéria.  A Razão Filosófica é, enfim, a indagação do Sentido das coisas e da vida: o que são as filosofias da existência senão exemplos dessa investigação? A ciência da Linguagem também não é o trabalho racional pelo desvendar dos sentidos das palavras?


A totalidade da Filosofia como trabalho racional ilumina, portanto, o que podemos definir como Ciência. Todas as inquirições, mesmo nas ciências particulares, voltam àquela definição originária de Razão e dela dependem. A Biologia, a Medicina, a Engenharia e os demais saberes não são, por conseguinte, aspectos e partículas da leitura racional de Ordenação (do corpo pela saúde; dos Seres Vivos pelas classes e atributos), Sentido (o empenho pelas estruturas gramaticais das Letras) e Cálculo (da projeção dos edifícios, dos inventos e das máquinas)?

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André Q.
Taboão da Serra / SP
André Q.
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Filosofia - 2o Ano Filosofia - Professora Curso Superior de Filosofia
Doutorado: Filosofia (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP))
Sou professor de História, Filosofia, Sociologia
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