Darwin - A Origem das Espécies
Por: Hugo E.
24 de Julho de 2016

Darwin - A Origem das Espécies

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De acordo com Ernest Mayr, os períodos históricos são dominados por conjuntos distintos de ideias que quando agrupados forma o Zietgeist daquele período. A filosofia Grega, a Revolução Cientifica e o Iluminismo são exemplos de ideias que dominaram determinado período histórico. Normalmente mudanças ocorrem de forma lenta e gradual, outras ocorrem de forma abrupta. Uma destas mudanças abruptas foi a Revolução Darwiana.
Quando a “Origem das Espécies” foi publicada o Mundo tinha uma visão completamente diferente da apresentada por Darwin. A revolução intelectual gerada com a publicação da origem das espécies ultrapassou os limites acadêmicos e gerou uma discussão sobre alguns dogmas fundamentais naquela época. Ao estabelecer o conceito de que todas as formas de vida descendem de um ancestral comum e que até mesmo o Ser Humano não era uma criação especial, Darwin rompia com o dogma da criação individual de cada espécie, o “Criacionismo”. Estas afirmações perturbaram o mundo justo, projetado e benigno que igreja ensinava, lançava todos do mais simples animal ao Homem na corrida pela evolução. E disse mais “A Evolução causa mudança e adaptação, mas não necessariamente leva ao progresso, e nunca a perfeição” 
Além disso, Darwin lançou conceitos novos para a filosofia, antes dominados pelos princípios matemáticos, leis físicas e determinismo, depois da “Origem das Espécies”, a filosofia passou a trabalhar com a probabilidade, acaso e singularidade, no discurso cientifico. 
Segundo o evolucionista J.B.S Haldane, a contribuição mais original de Darwin para a biologia, não foi a teoria da evolução, mas sim a série de livros sobre botânica experimental publicada quase no final de sua vida (Haldane 1959:358). Darwin ainda desenvolveu uma sólida teoria de classificação ainda usada por muitos taxonomistas e na biogeografia enfatizou o comportamento e a ecologia dos organismos como fatores da distribuição.


Seu Trabalho


Charles Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809, em Shrewsbury, Inglaterra, o quinto dos seis filhos e o segundo menino do Dr. Robert Darwin, médico eminentemente bem sucedido. Seu avô foi Erasmus Darwin, autor de Zoonomia, trabalho que antecipou os interesses de seu neto pela evolução, e que tentava explicar a vida orgânica de acordo com os princípios evolutivos. Sua mãe, filha de Josiah Wedgwood, celebrado oleiro, morreu quando Charles tinha apenas oito anos. Suas irmãs mais velhas tentaram então ocupar o lugar da mãe. (Mayr, 2006)
Darwin desde pequeno era apaixonado pela natureza, sua cidade natal com apenas 20 mil habitantes era perfeita para que ele desenvolvesse seu lado naturalista. Na escola ele se sentia entediado já que o ensino clássico o cansava. Com 17 anos seu pai o envia para Universidade de Edimburgo para estudar medicina, mas esta não era a sua paixão. Quando seu pai percebeu mandou – o para estudar teologia em Cambridge em 1828. Mas suas cartas e notas biográficas davam a entender que em Cambridge, ele se dedicava mais a colecionar besouros, falar de botânica e geologia com seus professores, caçar e cavalgar do que realmente estudar teologia. Em 1831, Darwin se formou e já era um dos naturalistas mais talentosos do seu tempo.
Imediatamente logo após o termino de seus estudos Darwin embarcou no H.M.S. Beagle como naturalista e companheiro de viagem do Capitão Robert Fitz Roy. Fitz Roy iria inspecionar as costas da Patagônia, Terra do Fogo, Chile e Peru numa viagem programada para dois ou três anos, mas durou cinco. O Beagle deixou Plymouth em 27 de dezembro de 1831 quando Darwin tinha 22 anos e retornou a Inglaterra em 2 de outubro de 1836. Charles visitou os campos da Patagônia, as florestas tropicais do Brasil (passagem esta que rendeu alguns relatos de profunda indignação com a escravidão). Darwin coletava espécimes, escavou fósseis na Patagônia e devotou muito tempo a geologia. Foi sua habilidade para levantar questões profundas, e a sua perseverança para tentar respondê-las, que fez de Darwin um grande cientista.
Darwin levou para viagem os dois primeiros volumes de Principle of Geology de Charles Lyell. Para Darwin foi como ter feito um curso avançado de geologia, pode entender como ocorreram às mudanças na superfície da terra durante longos períodos de tempo. Foi a partir daí que ele ficou ciente das ideias de Jean Baptiste Lamarck, a favor da evolução e a de Lyell contrárias a esta ideia.
Após a sua visita a Galápagos, entre setembro e outubro de 1835, que Darwin começou a ter evidências sobre a evolução das espécies. Nove meses depois Darwin começou a questionar a estabilidade das espécies.


A Origem das Espécies


Darwin levou mais de vinte anos para publicar suas teorias sobre a evolução, durante este tempo ele se dedicou aos seus livros e artigos de geologia, bem como a monografia de dois volumes sobre cirripédios. Este  estudo deu a Darwin um conhecimento sobre taxonomia, morfologia e pesquisa ontogenética que foram de inestimável valor quando ele escreveu a Origem das Espécies.
Em 1856 Darwin começou a escrever o que ele mesmo chamou de “grande livro das espécies” quando recebeu a carta de Alfred Russel Wallace que naquela época estava colhendo espécimes na Ilhas Moluscas. Wallace pedia a Darwin que lesse seu manuscrito e, se o aprovasse, pedia para submetê-lo a algum periódico. Darwin percebeu que Wallace tinha chegado à mesma teoria da evolução por origem comum por meio da seleção natural. Em 1858, os amigos de Darwin, Charles Lyell e o botânico Joseph Hooker apresentaram a Sociedade Linneana de Londres os manuscritos de Wallace juntamente com os excertos dos manuscritos e cartas de Darwin.
Em 24 de Novembro de 1859 era publicado o que Darwin chamou de “resumo”, o seu famoso trabalho, A Origem das Espécies. O impacto do seu livro foi enorme no primeiro ano foram feitas 3800 cópias, e durante a vida de Darwin somente na Grã Bretanha foram feitas mais de 27000 cópias.
Darwin trabalhou arduamente após publicar Origem das Espécies em outros aspectos que não conseguiu tratar na sua obra mestre. Em dois volumes, ele enfrentou o problema de origem da variação genética em The Variation of Animals and Plants under Domestication (1868), ele enfrentou o problema da origem da variação genética. Em The Descent of Man and Selection in Relation to Sex (1871), ele tratou da evolução da espécie humana e expandiu a sua teoria da seleção sexual. The Expression of the Emotions in Man and animals (1872) deixou os fundamentos para o estudo do comportamento animal. Sua obra, Insectivorus Plants (1875) descrevia a notável adaptação da drósera e de outras plantas carnívoras. Em, The Effects of Cross – and- Self- Fertilization in the Vegetable Kingdom (1876), em The Different Forms of flowers on Plants of the Same espécies (1877), e no The Power of Movement in Plants (1880), Darwin discutiu aspectos do crescimento e da fisiologia das plantas, como indicado nos títulos das referidas obras. E, finalmente, em The formation of Vegetable Mold, through the action of worms, with observations on their habits (1881) ele descreveu o importante papel das minhocas na formação da camada superior do solo.
Contrário a certas crenças disseminadas, Darwin era muito corajoso nas suas teorizações. Uma mente brilhante, uma grande coragem intelectual, e uma habilidade para combinar as melhores qualidades de uma naturalista observador, de um filosofo teórico e de um experimentalista. Esta maravilhosa combinação, única até aquele momento, estava presente no grande homem foi Charles Darwin.

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