Transformação de são paulo

Nem sempre São Paulo nem sempre foi um centro metropolitano no Brasil. Até metade do século XIX (19), isto é, até meados de 1850, ninguém desconfiaria que São Paulo se tornaria a cidade que é hoje. Ainda em 1872, São Paulo tinha população menor do que 35 mil habitantes. Havia outros centros mais populosos e ricos no Brasil, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro, por exemplo.

A resposta simples é que o cultivo do café, bem como a valorização desse produto para competir no mercado internacional, mudaram a condição da cidade e, por conseguinte, do Estado de São Paulo. Vale lembrar que na época do império se chamava de província. Depois da proclamação da República em 15 de novembro de 1889 é que passou a ser chamado de Estado. 

A produção do café direcionou o governo de São Paulo a pensar em política pública de incentivo à indústira, liberando crédito e dando isenção fiscal para os empresários capitalistas. A consequência disso foi uma necessidade de maior mão-de-obra assalariada, principalmente a de origem europeia. Além do mais, por pressão popular e por interesse de muitos empresários, houve investimento na educação formadora de mão de obra mais qualificada em relação ao resto do país. Tudo isso acontecedendo a partir da década de 1880 e, gradativamente, com mais intensidade após a valorização do café e o aumento da arrecadação do Estado de São Paulo após a década de 1910. 

Para exportar mais café e produtos industrializados, especialmente das indústrias têxteis, bem como para importar com mais rapidez os produtos vindos de fora, foram construídas estradas de ferro. Isso dinamizou ainda mais a economia do Estado. Ofereceu mais emprego e atraiu mais pessoas. Por exemplo, a estrada de ferro Santos Jundiaí é de 1872. Ela já refletia o desenvolvimento econômico. 

Em resumo, São Paulo se tornou metrópole nacional (e global atualmente), bem como a cidade mais populosa e rica do Brasil, entre 1870 e 1960, por conta dos seguintes fatores: produçaõ do café, industrialização, imigração, melhoria da educação, estradas de ferro, portos e incentivos ao empresariado. 

Caso queira saber do contexto histórico do Brasil na época ou tenha outras dúvidas, procure-me! Espero estar à disposição. 

Simples, grande parte do dinheiro nacional obtido com o café, principalmente do Rio de Janeiro, foi direcionado ao investimento no crescimento de São Paulo, atraindo atividades industriais e inclusive grandes contingentes de estrangeiros

O processo de transformação de São Paulo em metrópole industrial pode ser dividido em diferentes etapas: Economia cafeeira: no final do século XIX e início do século XX, a economia de São Paulo era baseada na produção de café. No entanto, com a crise do café na década de 1920, houve uma necessidade de diversificar a economia do estado. Primeiras indústrias: na década de 1910, surgiram as primeiras indústrias em São Paulo, principalmente nas áreas de tecelagem, vestuário e alimentação. Essas indústrias foram estimuladas pela política de incentivos fiscais do governo estadual. Desenvolvimento industrial: a partir da década de 1930, houve um grande desenvolvimento industrial em São Paulo, impulsionado pela política de substituição de importações do governo federal. Essa política visava estimular a produção nacional de bens que antes eram importados. Com isso, surgiram indústrias de diversos setores, como metalurgia, automotivo, químico e eletrônico. Migração: a industrialização de São Paulo atraiu uma grande quantidade de migrantes de outras partes do país, principalmente do Nordeste, em busca de emprego e melhores condições de vida. Isso resultou em um grande crescimento populacional e transformação urbana. Infraestrutura: o desenvolvimento industrial de São Paulo foi acompanhado por investimentos em infraestrutura, como a construção de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que permitiram o escoamento da produção e a integração da cidade com outras regiões do país e do mundo. Diversificação econômica: ao longo do tempo, a economia de São Paulo se diversificou, com o surgimento de novos setores, como serviços, tecnologia e turismo, que se somaram à indústria para consolidar a cidade como uma das principais metrópoles econômicas do país e da América Latina.