Soneto de Fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.
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Nina, a qual termo se refere o "que"? Veja:
Eu possa me dizer do amor (que tive): - que = amor; tive o amor
Que não seja imortal, - que = amor; o amor não seja imortal
posto que é chama - que = amor; o amor é chama
Mas que seja infinito enquanto dure. - que = amor; o amor seja infinito
Espero tê-la ajudado. At.te, tutor Miguel Augusto Ribeiro.
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No soneto de Fidelidade o eu-lírico se refere ao amor, há uma metáfora que nos remete ao amor como chama (que perdura enquanto permanecer acessa). Note-se que não é a mulher amada que é cantada mas sim o amor que sente. A temática literária é o amor do eu-lírico e não o amor real, o vivido.
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