Angelologia

Querubins do Templo

Complementação da Angelologia

Dr. Diego Do Nascimento Diniz

Texto Áureo: Ezequiel 1:1-15

E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no quinto dia do mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus.
No quinto dia do mês, no quinto ano do cativeiro do rei Jeoiaquim,
Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do Senhor.
Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo.
E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem.
E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.
E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido.
E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas.
Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente.
E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro.
Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles.
E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.
E, quanto à semelhança dos seres viventes, o seu aspecto era como ardentes brasas de fogo, com uma aparência de lâmpadas; o fogo subia e descia por entre os seres viventes, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos;
E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um clarão de relâmpago.
E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos.

Introdução:

O livro de Ezequiel leva o seu próprio nome, por mais relevante que este livro seja, muitos críticos não questionaram o valor contido no significado de Ezequiel ser o autor, mas no que se refere a sua escrita, foi muito atacado e questionado por críticos. O nome Ezequiel pode ter três formas de ser interpretado de acordo com as referências em que seu nome aparece.

Também podemos entender que o significado de seu nome tem muita haver ao que ele passaria. “El é forte 3.14”, “El fortalece 34.16 e 30.25” ou “que El fortaleça”.

Este profeta é um dos nomeados 4 profetas maiores. Ele foi levado 10 anos antes da destruição de Jerusalém como escravo pelas mãos de Nabucodonosor Rei da Babilônia. Ezequiel e Daniel que foram os profetas exílicos, eram quase da mesma idade. O ministério do profeta Ezequiel durou aproximadamente 22 anos, tendo se por base a sua última referência profética dando o cálculo de 22 anos desde o início de seu chamado.

Mas Ezequiel não era o único servo de Deus que tinha um chamado para ser Sacerdote por linhagem sanguínea e que foi separado para ser profeta, junto a ele podemos incluir Jeremias, Zacarias e Samuel. No início de seu livro vemos que o escritor usa a numeração 30 para indicar a sua idade e que os seus leitores entendessem que ele já era adulto, e que poderia iniciar o seu ministério como Sacerdote, mas que no entanto, como cativo em terra estranha, não poderia exercer o que ele se prontificou toda a vida para fazer, que seria servir a Deus e a seu povo no Templo.

Geralmente o início do serviço sacerdotal dava-se aos 30 anos (apesar de Moisés ter deixado escrito que se iniciaria aos 25 anos, mas não vamos adentrar neste mérito no momento), quem lesse seus escritos entenderia o tempo da idade do escritor, que já era maduro para o trabalho sacerdotal e que era esse tempo aproximado que se iniciava o sacerdócio.

O título “filho do homem” traz a referência de características do pai, assim como o pai de Ezequiel era sacerdote, este também veria a ser um. Esse título aparece cerca de 45 vezes em seu livro (seria essa uma frustração interna do profeta por não ser como o seu pai? Fica-nos uma “dúvida” para pensarmos).

Além de ter essa “confusão” interna, esse servo do Senhor também teve que enfrentar a dura realidade de que viveu em um dos piores momentos da história de Israel, “o exílio babilônico”, foi uma das obscuridades deste povo desde o seu início por Abrão.

Ezequiel foi um dos 10.000 (dez mil) levados como escravos, espólio de guerra por Nabucodonosor. Como já mencionado acima, este homem era da tribo de Levi, portanto um aspirante ao trabalho sacerdotal, o qual foi interrompido devido ao seu cativeiro, mas que dentro do exílio foi separado para ser porta voz dos céus. A princípio suas mensagens não foram aceitas, mas com o passar do tempo o povo recebeu as suas profecias. Nessa época o seu povo estava pagando por três pecados principais: não guardar o sábado (20.12 e 24), adorar nos lugares altos (6.13 e 20.28) e profanar o santuário (23.37).

Nesse tempo a maioria dos povos acreditava que a partir do momento em que exércitos entrassem em guerra e que um perdesse, era interpretado que o povo que perdeu o seu deus era um ser fraco inferior aos seus ganhadores.

Uma visão simples sobre os Anjos

ANGELUS – em latim derivado do grego arcaico ANGELOS.
AGGELOS – que vem do grego.
MAL’ACH – que vem do hebraico hebraico.
ANGEO – galego português medieval, língua falada no período medieval, o galego era da Galiza na atual Espanha. (língua arcaica, antiga).

Qualquer uma das quatro (4) palavras significam: anjo, mensageiro ou embaixador. Esses seres são mencionados pelo menos 108 vezes no Antigo Testamento e 165 vezes no Novo Testamento. Por mais que os anjos sejam maiores e superiores a nós, eles nos servem. A palavra ANJO se aplica há: sacerdotes, profetas, juízes, reis, pastores e ministros de uma forma geral no novo testamento.

Um pouco sobre as classes dos Anjos

Querubins do hebraico KERUVIM, plural de KERUV que significa: “o anjo que cobre”. Querubins são seres celestiais representados por figuras de OURO esculpidas sobre a Arca do Testemunho. Os querubins são mencionados cerca de 90 vezes no Antigo Testamento, só em Ezequiel aparece mais de 30 vezes.

ANGELUS do latim, derivado do grego arcaico (antigo) ANGELOS que significa “enviar uma mensagem” portanto um mensageiro, estes são seres celestiais invisíveis presentes nos cultos dos crentes em Deus.

ANJO do hebraico MAL’ACH que significa um mensageiro, embaixador, aparece mais de 200 vezes, às vezes se referindo a um mensageiro humano.

AGGELOS – grego (seres espirituais ou humanos).

ANGEO – galego português medieval (seres espirituais ou humanos).

SERAFINS vem de uma palavra primitiva SARAPH que significa ‘estar em fogo’, um verbo significando queimar. Na maioria das vezes esse verbo significa ‘queimar intencionalmente’.

SATAN significa adversário, oponente, inimigo. Satan em hebraico aparece 27 vezes no antigo testamento e 36 vezes no novo testamento. O termo grego DIABO que veio do grego DIABLOS ele aparece 38 vezes no novo testamento de forma geral direta ou indiretamente, por exemplo: diabo, maligno, serpente, satan, pai da mentira, enganador, destruidor, caluniador, Abadom, Apoliom, Belzebu, Belial, adversário, entre outros. Referências gerais ao diabo aparecem cerca de 511 vezes só no novo testamento, assim crêem grande parte dos eruditos e estudiosos, e a bíblia descreve várias vezes a existência de Satanás.

Entendendo a Visão do Profeta Ezequiel

Os querubins vistos pelo profeta Ezequiel tinham quatro rostos, um era de homem, outro de leão, um de boi e por último um de águia.

O que é interessante aqui nessa passagem do primeiro capítulo é que na visão do profeta ele tem uma limitação para interpretar corretamente todo o ocorrido.

Quando Ezequiel tem essa visão, ele vê quatro (4) seres e cada um deles tinha quatro (4) rostos. Mas no capítulo um (1) ele descreve rostos de: homem, leão, boi e águia. Mas junto a essa visão, também vem um grande clarão de luz, que ofusca a visão do servo de Deus, a qual fica um pouco limitado para entender a aparência deles corretamente.

Sabemos que pela língua portuguesa para se fazer uma Descrição, é necessário ter: percepção, análise e conclusão ou classificação (esses dois últimos no caso não há diferença, a ordem dos fatores não altera o produto, classificação ou conclusão levara ao mesmo resultado esperado por essa linha de raciocínio).

Para se fazer uma boa Descrição, primeiramente é necessário ter uma excelente percepção daquilo que se esta observando, tendo muito cuidado e uma visão geral sobre o mesmo.

Logo após ter-se uma análise cuidadosa do que se observa, passamos para o passo da análise, esse ponto trata do passo de avaliar um pouco mais o anterior para que se evite erros grotescos e questionáveis.

Logo passamos para a conclusão, nesse ponto uma vez mais será analisado os dois anteriores para que a Descrição seja feita perfeitamente e sem falhas em nenhum ponto. Sendo a conclusão feita, terá se o cuidado de não ter acrescentado e nem diminuído nada no que se estava observando anteriormente.

Vemos aqui que fazer uma Descrição não é nada fácil, existem pontos a serem avaliados com muito cuidado e uma visão bem profunda para se ter um fim conclusivo sólido e bem explicado, mas o profeta não teve como ter essa análise mais minuciosa pois sua visão estava ofuscada o impossibilitando de ver claramente todo o quadro da experiência a qual estava tendo da parte de Deus sobre a sua vida para que este entendesse o chamado e ministério a qual o Senhor iria realizar em seu ser. Toda essa explicação supramencionada vamos entender o por que, pois quando lemos o capítulo de número dez (10) o profeta vem entender mais a fundo a visão do capítulo um (1) conseguindo assim entender definitivamente as visões.

Ezequiel 10:14,15

E cada um tinha quatro rostos; o rosto do primeiro era rosto de querubim, e o rosto do segundo, rosto de homem, e do terceiro era rosto de leão, e do quarto, rosto de águia.
E os querubins se elevaram ao alto; estes são os mesmos seres viventes que vi junto ao rio Quebar. (explicação: foi justamente na segunda experiência que o profeta Ezequiel teve na visão foi que ele teve a capacidade de interpretar corretamente que os seres que ele havia visto algum tempo atrás (capítulo 1) eram os mesmos que ele estava vendo ali, mas desta vez com mais clareza.

Por isso no início do capítulo ele já vem os nomeando como Querubins, pois como um servo de Deus que pertencia ao Sacerdócio ele tinha contado constantes de desenhos desses seres angelicais, mesmo porque dentro do Templo que foi construído por Salomão tinham muitas imagens destes anjos, estavam sobre o Propiciatório da Arca da Aliança, nas cortinas, além de ter lido e ouvido muito sobre os mesmos.

Vemos isso com mais clareza quando lemos os dois capítulos do livro do profeta Ezequiel. No capítulo um (1) ele fala: rostos de homem, leão, boi e águia, mas no capítulo dez (10) ele fala: rostos de: Quebubim, homem, leão e águia, o profeta aqui troca o rosto de boi pelo rosto de Querubim, justamente para explicar que estes que ele esta vendo na segunda visão, são os mesmos que lhe apareceram na primeira. Nisso aqui vemos que a sua visão não estava 100% clara para se fazer uma Descrição válida no seu total potencial, ou seja, ele não poderia descrever aquilo que não via claramente.

Também é interessante falar que no capítulo 41.18 e 19, o profeta vê querubins com dois rostos, já na Arca da Aliança vemos querubins com um (1) rosto, então vemos esses anjos com um rosto, dois (2) rostos e com quatro (4) rostos.

Ezequiel 41.18 e 19

E foi feito com querubins e palmeiras, de maneira que cada palmeira estava entre querubim e querubim, e cada querubim tinha dois rostos,
A saber: um rosto de homem olhava para a palmeira de um lado, e um rosto de leãozinho para a palmeira do outro lado; assim foi feito por toda a casa em redor.

Os relatos do profeta vai nos dizer que a Glória do Senhor estava sobre os Querubins, a palavra Glória em Hebraico é CHABOD, essa palavra tem oito (8) significados: esplendor, poder, excelência, fama, honra, majestade, presença e peso. (só uma “curiosidade”: foi o PESO da PRESENÇA de Deus que fez o profeta Ezequiel cair no capítulo primeiro, por isso Deus vem falando no capítulo dois para ele se colocar de pé para que ele ouvisse o que o Senhor Deus iria falar, mas foi a CHABOD, a Glória, o Peso da Presença de Deus que o fez cair, pois a limitação humana diante de Deus se torna menos do que nada).

O que é interessante em meio a isso tudo é que em algumas igrejas encontramos a juventude com esse nome “QUERUBINS DO TEMPLO”. E a Glória do Senhor Resplandece sobre os Querubins (jovens), e quando estes Louvam a Deus o Esplendor de Deus, o Poder de Deus, a Excelência de Deus, a Fama de Deus, a Honra de Deus, a Majestade de Deus e a Presença de Deus, desce sobre o ambiente aonde seu nome esta sendo Glorificado, e algo extraordinário acontece, pessoas são curadas, muitos se convertem, o arrependimento brota e floresce dentro dos corações quebrantados que ali estão presentes, acontecimentos inacreditáveis ocorrem em meio ao povo que esta na torre de vigia e na brecha do muro para adorar e fazer o que Deus quer que seja feito.

Os quatro (4) rostos dos seres angelicais que são cognominados “Querubins” também tem significados sobre aqueles que o recebem. O rosto do homem fala de sua “INTELIGÊNCIA”, sabemos que (“a saturação da: modificabilidade cognitiva estrutural (essas três palavras significam que todos os seres humanos são inteligentes) esta sobre todos os homens, ao não ser, em casos a parte, de nascimentos de bebes especiais”. Nesses casos são as mudanças na quantidade de Cromossomos que todo ser humano deve ter, sendo ao todo 46, pois 23 se herdam do pai e 23 da mãe. Se um ser humano em seu desenvolvimento ultra uterino tem um a mais ou um a menos, pode modificar o desenvolvimento do embrião, feto ou bebe (dependendo do nome a qual alguns preferem dar ou falar) sendo 45 ou 47 pode nascer especial).

O rosto de Leão nos fala de Força, quando o profeta descreve dessa forma o ser angelical ele esta falando que através daquilo que ele contemplava, poderia dizer que aquele ser era saturado de muita força.

1 João 2:14

Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.

É interessante que quando o apóstolo João, também conhecido como o discípulo do amor escreve essa carta ele fala que os jovens são fortes e que eles já venceram o maligno, a sedução do mundo é algo que encanta, engana e derruba a muitos, mas o apóstolo aqui esta relatando categoricamente, inquestionavelmente, irrefutavelmente e sem sombra de dúvida alguma que os jovens a qual lerem seus escritos estarão certos de que eles são muito fortes e que eles tem maturidade o suficiente para não serem enganados por qualquer coisa.

Os jovens tem uma força interior desconhecida por muitos, e que elas se manifestam de acordo com o ocorrido, a disposição da juventude é algo monstruoso e grandioso, que até eles mesmos desconhecem até que a oportunidade no decorrer da vida os desperta para algo intrínseco anteriormente desconhecido por eles, mas o apóstolo esta escrevendo justamente isso, que os jovens são seres frágeis portadores de uma força destrutiva.

Os jovens sendo bem instruídos serão capazes de fazer a obra de Deus de uma forma maravilhosa e perfeccionista . Temos exemplos de vários jovens que foram chamados por Deus bem cedo, um bom e excelente exemplo disso é o próprio Samuel, que sendo aluno do Sumo Sacerdote Eli, foi ensinado tão bem que conseguiu desenvolver três ministérios diante de Deus e de seu povo, este foi Profeta, Sacerdote e Juiz. Sendo Samuel a transição de último juiz de Israel e o que foi responsável a dar a entrada do primeiro Rei, ou seja, o fim do ministério oficial de juízes para o ministério oficial de Reis. Davi foi chamado bem cedo, Daniel e Ezequiel, Jeremias que chegou a falar que não passava de uma criança, entre outros.

O rosto de boi nos fala de trabalho e esforço. Sabemos que a palavra ministério significa trabalho, então todos os que tem um ministério diante de Deus na verdade tem um serviço a ser feito, ter ministério é ter um trabalho, e o patrão é Deus. O rosto de boi é usado pelo profeta para demonstrar o incansável serviço feito pelos anjos que ele contemplava. No mesmo simbolismo, levando para a interpretação literal vemos que os bois fazem um trabalho de grande esforço continuamente, e o fazem bem feito.

Também temos aqui na descrição do servo de Deus um rosto a qual ele cognomina de Águia. Sabemos hoje que existem mais de 10.000 (dez mil) tipos de espécies no mundo, sendo que entre elas temos 8 tipos de águias, a águia que o profeta menciona aqui é a mesma que o profeta Isaías mencionou no capítulo 40.31, essa é a águia Imperial, com grande agilidade e a maioral das águias.Essa ave tem cerca de três metros de águia estando as suas assas abertas de uma ponta a outra ponta, 90 centímetros de águia da ponta do bico até a ponta da cauda, essa águia tem uma hipersensibilidade em suas penas e suas assas a qual ela consegue pressentir quando se aproxima uma grande tempestade ou chuva forte, ela se põe em vôo e se coloca acima das nuvens, enquanto a chuva esta embaixo, ela (águia) esta por cima, assim somos nos como filhos de Deus, ele como um Pai muito zeloso e cuidadoso ele nos orienta antes que certos acontecimentos vem ocorrer, por isso a tempestade não nos pega, não  nos toca, não nos traz frustrações, porque Deus nos avisa antes que esses acontecimentos vem a tona.

Assim como a águia imperial, Deus nos guarda e protege nos colocando acima dos problemas e infortúnios da vida. Essa águia tem a capacidade de ver a 2 quilômetros de distância, Deus nos coloca acima dos nossos problemas e ainda nos da a visão do que esta por vir em nossas vidas, ele passa conosco nas dificuldades existenciais, nos guarda e mostra as vitórias que estão por vir após a turbulência da escola da vida, são fatos que ocorrem para nos ensinar os cuidados de Deus e sobre a sua própria Onipotência.

Os Querubins estavam dentro do Templo em uma das visões do profeta, homem de Deus e escolhido por este para um grande serviço. O Templo também é chamado de Casa de Deus. A palavra CASA em hebraico é BAYIT, tendo por significado: templo, família e igreja. Essa palavra aparece cerca de 2.000 (duas mil) vezes no antigo testamento.

Na aplicação aos jovens podemos dizer que: como servos de Deus tendo uma grande inteligência, força, trabalho e agilidade (4 aplicações dos rostos dos querubins sobre os jovens e a igreja local).

Na casa deles, em meio a família eles são as colunas levantadas e sustentadas por Deus em meio aos seus familiares, pois eles também são importantes para Deus e este os ama de igual forma e modo, assim como toda a humanidade independente de que o sirva ou não, para tudo e todos há um tempo determinado por Deus.

No Templo, nesse caso mais especificamente nosso corpo como habitação do Espírito Santo, devemos fazer aquilo que é certo e correto diante de Deus, dando sempre um bom testemunho e sendo exemplo, um espelho para aqueles que estão ao nosso redor.

Já dentro da igreja, devemos ter comunhão com o próximo (visitantes também) e com os nossos irmãos. Estar sempre a postos para servir aos membros da igreja, ser educado e estar sempre na disposição para o que for preciso.

Jovens de grande valor sendo um exemplo a ser seguido por aqueles que o vêem em suas casas, templo (corpo) e igreja.

Os Querubins estavam sobre um Propiciatório, estavam ali cobrindo o propiciatório e em seguencia toda a arca da aliança, representando os que eram os guardiões do trono do Senhor e estavam com as suas assas abertas, significando que o povo de Deus é escolhido e nomeado para voar alto sem limitações.

Esta parte da Arca da Aliança fazia referência ao Trono de Deus. Os Querubins tinham como responsabilidade proteger o Trono de Deus, eram anjos guerreiros, esse é um dos motivos para eles estarem em cima do propiciatório.

As suas assas estendidas demonstravam proteção, que estavam guardando a arca de Deus. (APLICANDO: esses dois anjos que tinham só um rosto, digo de passagem, estavam olhando um para o outro, aqui nos traz um entendimento de comunhão e amizade para com o outro, sabemos que podemos amar a Deus na pessoa de nosso próximo, o olhar constante de ambos de um para com o outro nos diz de uma amizade contínua, assim devem ser os jovens em nossos dias, não deixar coisas banais, triviais, efêmeras e passageiras destruírem uma boa amizade. Aqui nessa representação dos dois anjos nos mostra como é possível dois darem as mãos e fazerem a obra de Deus. As suas assas estavam estendidas sobre a arca, e encostavam uma na outra.)

Dentro dessa arca estavam três preciosos objetos que significava muito para a nação de Israel as quais eram: um pote guardando o maná, o cajado de Arão e a tábua com os dez mandamentos. Aqui entendemos algumas coisas, por exemplo: existem três cajados descritos na bíblia sagrada, sendo que nenhum deles serve para bater em ovelhas. Existia o cajado mais grosso, que servia de auxílio para viagens longas, então servia como um tipo de apoio e descanso. Outro cajado mais fino que trazia uma insígnia do dono e outro que em uma das suas pontas tinha uma curva, esse era usado por pastores para puxar a ovelha quando ela estava se afastando demais do rebanho, era uma extensão do braço do pastor.

Mas o cajado a luz da bíblia sagrada, também faz referência a autoridade, então os jovens além de serem escolhidos por Deus para um grande ministério, também recebem muita autoridade para exercer o mesmo.

Dentro da Arca tinha o maná que Deus fez descer do céu para alimentar o seu povo durante a peregrinação no deserto durante 40 anos. Podemos entender que esse maná dentro da arca para os nossos dias, seria a provisão do Senhor nosso Deus sobre as nossas vidas, seria uma demonstração do cuidado dele constante e ininterrupto aos seus servos. Assim como ele fez a provisão na vida de Abraão e Isaque, também fez ao seu povo escolhido e nos mostra que faz a nós em nossos dias, sejam eles difíceis ou não Deus nos da a garantia que ele sustenta os seus. Já nos dez mandamentos, o decálogo do Senhor, ali vemos as ordenanças de Deus, seus ensinamentos e a palavra (representação total) que devemos pregar. Jovens foram presenteados com muita autoridade, com a provisão de Deus e com a responsabilidade de pregarem a palavra de Deus.

Isaías 11:2

E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor.

Podemos observar que essa promessa específica que esta sobre Jesus, se estende a nós também. Semelhantemente o que esta no supramencionado pelo profeta Isaías são os Dons do Espírito Santo de Deus. A própria referência de Espírito Santo de Deus já nos mostra que o Espírito é de Deus e traz inseparavelmente a qualidade da Santificação.

Em segundo, na colocação acima temos o espírito de sabedoria, um dos dons que é dado aos servos de Deus conforme seja a vontade do Espírito Santo para que estes tenham sabedoria para lidar na obra e ser sábio em sua conduta.

Entendimento, as heresias foi um dos grandes problemas enfrentados pelos chamados por Deus, pois sempre tinha um que queria ensinar errado e levar muitos com ele nesse erro.  Sabemos que o Espírito Santo é o nosso Conselheiro em todo o tempo. E ele nos capacita para sermos de outros também. O Espírito de Deus nos fortalece pois quando estamos tristes e cabes baixo, ele nos anima. Ele também é o nosso professor, nos ensina como eternos aprendizes na escola da vida e nesse caminho contínuo a qual sempre teremos uma sede infinita querendo sempre aprender mais de Deus. E em meio a isso tudo, não podemos nos esquecer que o temor que temos muito das vezes não é um temor comum, mas sim um dado por Deus para nos entendermos todos os seus desígnios.

Bibliografias:

Pequena Enciclopédia Bíblica – Orlando Boyer
Quem é quem na bíblia sagrada – Paul Gardner
Bíblia de Estudos Palavras Chave – Grego e Hebraico
Bíblia de Estudos Plenitude