Os Maronitas
Por: José J.
22 de Setembro de 2019

Os Maronitas

Árabes Católicos do Líbano e Síria

História História Geral Vestibular

                                                                                            Os Maronitas

Nos anos 1970 e 1980, durante a guerra civil libanesa, era muito comum ouvir no noticiário referências aos maronitas, uma população árabe do Líbano que era a base principal das forças políticas e militares de direita nos conflitos armados contra a esquerda local e os refugiados palestinos. No entanto, como costuma ocorrer na mídia televisiva brasileira, raramente se explicava quem era população e como era sua vida e cultura e qual a razão de grupos políticos de direita (defensores do capitalismo, da hegemonia mundial dos EUA e das práticas sociais e econômicas do liberalismo) serem tão difundidos entre a população maronita.

As respostas para essas questões estão na história do Líbano e da Síria e a ação dos maronitas nela. Estes são uma população de árabes sírios católicos, isto é: eles são cristãos de língua árabe do Oriente Médio que reconhecem a autoridade do Papa de Roma (além do de Roma existem outros não-católicos como o do Egito), a teologia católica (Espírito Santo procede tanto do Pai (Deus) como do filho (Jesus), celibato dos padres, fixação dos ensinamentos de Jesus na sua Paixão, reconhecimento dos sete sacramentos, purgatório como lugar de punição, etc), mas mantendo certas tradições cristãs nativas do Oriente Médio como o uso do siríaco como língua litúrgica e sua escrita (chamada de karshuni ou entre os sírios),o rito sírio- usado  milenarmente pelos cristão locais-em vez do latino, e o reconhecimento de uma autoridade eclesiástica local por parte do Papa, o patriarca maronita. Este é escolhido por um concílio de bispo maronitas e depois aprovado pelo Papa. A sede desse patriarca fica na cidadezinha montanhosa de Bkerke, próxima a Beirute.

Na Europa se aceita como normal a presença de populações cristãs nativas, e mesmo católicas no Oriente Médio, pois foi nessa região que o cristianismo surgiu e se estruturou como Igreja, mas no Brasil, que é geograficamente distante e no qual as noticias chegam sempre mal contadas dessa região do mundo, isso causa estranheza, embora, paradoxalmente, aqui haja uma grande imigração libanesa maronita. Pensa-se, geralmente, no Brasil que nessa região só vivem muçulmanos e que essa religião nada tem que ver com o cristianismo: uma ideia muita errada, pois a religião muçulmana se desenvolveu a partir, principalmente, da religião cristã e manteve muitos dos seus elementos.

Os maronitas não são a única população árabe ou do Oriente Médio católica, mas foi a que teve o maior protagonismo político no século XX até a sua derrota, em 1990, na guerra civil libanesa. Hoje eles são um elemento social importante no Líbano, mas perderam a capacidade de decidir, como comunidade, os destinos do país.

Sua posição social ao longo do século XX remonta a ocupação francesa da Síria após a I Guerra Mundial (1914-1918). Os franceses se aliaram aos maronitas e outras populações católicas do país para poder controla-lo. A Constituição de 1926 (promulgada com apoio dos colonizadores) já favorecia a hegemonia cristã sobre o recém-criado Líbano e, até a independência quase todos os presidentes e primeiro-ministro apontados ou aprovados pelos franceses eram maronitas ou cristãos colaboradores de outras comunidades. Em 1943 o Líbano se separa da França durante a o processo de ocupação do país pelos ingleses na Segunda Guerra Mundial. Nesse processo, como os maronitas eram uma minoria, suas elites começam a negociar com as elites muçulmanas um acordo para incluí-las nesse estado ao mesmo tempo em que elas aceitavam a separação do Líbano em relação à Síria. Negociaram com as elites sírias também essa aceitação e o reconhecimento formal da independência libanesa após a Síria adquirir também sua independência da França.

 Com isso, no Líbano, desde 1943, por meio do chamado Pacto Nacional, os cargos no governo são divididos de acordo com o tamanho das comunidades religiosas segundo o Censo de 1932. As três maiores eram, pela ordem: os maronitas, os muçulmanos sunitas e os muçulmanos xiitas. Assim, o principal cargo político até 1990, o de presidente, bem como o comando das forças armadas e dos ministérios mais importantes ficou nas mãos das elites da comunidade maronita. Os sunitas assumiram o controle do cargo de primeiro-ministro e os xiitas (que na época tinham pouco poder no Líbano apesar do seu tamanho), mas foram esses libaneses católicos que assumiram a hegemonia política e social no Líbano após 1943.

Na vizinha Síria também há maronitas. Eles vivem principalmente nas províncias de Alepo, Damasco, Lataquia. Aqui eles nunca tiveram um protagonismo político como comunidade e, por sua vez, sua identidade difere dos seus co-religiosos no Líbano por não se verem como uma população separada etnicamente dos seus outros vizinhos de língua árabe. Jordânia e Palestina histórica também têm populações maronitas. Os maronitas que vivem dentro do estado de Israel assumiram oficialmente uma identidade não-árabe recentemente. No Egito também há maronitas por conta da grande imigração síria-libanesa desde o século XIX e em Chipre há uma comunidade muito antiga que lá chegou na Idade Média. Essa última difere das demais do Oriente Médio por ter desenvolvido historicamente uma língua própria: o árabe maronita cipriota, mas atualmente quase todos os seus integrantes falam o grego, língua nacional de Chipre, e por isso acabam sendo culturalmente muito diferentes dos demais maronitas.

Milhões de descendentes de maronitas se encontram na América Latina (Brasil principalmente), EUA, Canadá, Austrália, França e outros países europeus por conta da imigração desde o século XIX. No caso do Brasil podemos citar como descendentes de maronitas o político Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e os atores Maurício Matar e Guilherme Karam.

Um aspecto importante em relação aos maronitas no século XX e que terá um impacto muito negativo no Líbano e Oriente Médio é o desenvolvimento entre eles da ideia de não serem árabes e sim descendente dos fenícios ou populações de língua aramaica da Síria antes da conquista desse país pelos árabes no século VII. Conhecido como fenicismo, esse mito-que ainda tem seus crentes no Líbano- afirma que os maronitas teriam promovido uma resistência militar aos árabes e se refugiado nas montanhas do Líbano onde mantiveram uma cultura aramaica-cristã, embora tenha assimilado a língua árabe. Os maronitas difeririam assim dos árabes por conta dessa cultura e seus fortes vínculos com o mundo mediterrâneo, no caso aqui a Europa. Com a invasão dos cruzados esses vínculos teriam sido retomados e eles acabariam voltando a Igreja Católica após uma série de processos que duraram séculos. Intelectuais libaneses como o poeta Charles Corm (1895-1963) Yussef al-Sauda .O também poeta e linguista Said Aql (1912-2014) manteve essa ideia sob a denominação e libanismo até a sua morte recentemente.

Essa ideia, vista como ofensiva pelos vizinhos muçulmanos, e até outros cristãos como os ortodoxos, serviu de base para o nacionalismo comunitário dos maronitas e a reivindicação de um estado separado do restante da Síria, um desejo atendido pelos colonizadores franceses em 1920. Também serviu para os maronitas assimilarem a cultura francesa-a ponto de até hoje darem muitas vezes nomes franceses aos filhos- e se aliarem com esses colonizadores, pois estabelecia um vínculo com eles através do Mediterrâneo (que foi explorado e em parte colonizado pelos fenícios na Antiguidade).  Somava-se a isso o fato de ambos serem católicos e os franceses terem desde o século XVI, graças à aliança e negociações com os turcos otomanos, conquistadores da Síria, se colocado como protetores dos maronitas. Na segunda metade do século XX o fenicismo foi mantido por partidos e movimentos de direita libaneses como as Falanges (Kataeb)-no poder nos anos 1980- e nos momentos de crises, como as guerras civis, era publicamente exposto e excluía os muçulmanos, o que criava tensões terríveis na sociedade libanesa.

                                                                                                  Origens

Qual a origem dos maronitas? Não é uma resposta fácil de dar por conta da escassa documentação sobre essa população antes da invasão dos cruzados no Oriente Médio (1096). Segundo os mitos de origem dos próprios maronitas eles surgiram quando um santo sírio do século IV, São Maron, saiu da cidade síria de Antióquia (capital da Síria romana) e converteu populações pagãs nas montanhas sírias próximas e outros ligares do país. Discípulos seus foram até a região do monte Líbano onde converteram populações locais pagãs. Essas populações seguidoras do movimento proselitista de Maron, especialmente as da região do Monte Líbano seriam os principais antepassados dos maronitas atuais (também incluiriam o grupo dos maronitas do século VII- guerreiros das montanhas do sul da atual Turquia que os bizantinos armaram para resistir aos conquistadores árabes).

Ainda segundo o mito, os maronitas não teriam aderido no século V Igreja Jacobita, como foi o caso da maioria dos sírios da época, permanecendo fieis a Constantinopla e a Roma. Viviam então no vale do rio Orontes, no norte da Síria, sendo então, principalmente, camponeses. Somente no século VII teriam rompido com a Igreja de Bizâncio após o confronto militar do seu líder e patriarca João Maron (Yuhanna Marun em árabe) com o imperador bizantino Justiniano II em 682. Atualmente há um túmulo e santuário católico de João Maron na cidade libanesa de Kfarhy, próximo à costa do norte do Líbano. Por outro lado ele ainda é considerado um santo ortodoxo.

No entanto, ao longo do século XX, os trabalhos do historiador libanês Kamal Suleyman Salibi trouxeram a luz uma outra história. Salibi era maronita, mas foi se distanciando das ideologias e mitos de sua comunidade e criou uma obra importante a respeito da história da Síria e da Arábia. Esse autor mostrará em diversos trabalhos que muito dos mitos de sua comunidade de nascimento eram de desenvolvimento recente (vinham principalmente dos trabalhos de um importante patriarca do século XVII, Istifan de Duahy, através de suas crônicas históricas como a Tarikh al-Azminah.

No trabalho de Salibi, e também de outros estudiosos libaneses, mesmo se procurando demonstrar a dificuldade de se conhecer em detalhes ou mesmo tendo partes em branco na história dos maronitas por conta da ausência de documentação, ficam claro três coisas: 1) os maronitas parecem ter sido uma das muitas tribos árabes que entraram na Síria romana no fim da Antiguidade ou começo da Idade Média; 2) eles eram cristãos desde muito cedo, mas não eram católicos (seguiam interpretações heterodoxas do cristianismo como o monotelismo-Jesus tinham duas naturezas, espiritual e terrena, mas uma única vontade); 3) eles aceitaram a conquista árabe da Síria como foi o caso das populações cristã locais rompidas com o cristianismo oficial bizantino, no caso a maioria esmagadora dos sírios do século VII.

Livros de geógrafos muçulmanos, como al-Masud  do século IX, mostram os maronitas como uma tribo árabe vivendo principalmente na região do rio Orontes e seguindo formas não ortodoxas da fé cristã. No século X os bizantinos invadiram parte da Síria e ocuparam o vale do Orontes. Um tempo após essa conquista, o cristianismo heterodoxo dos maronitas teria sido alvo de forte repressão por parte das autoridades de Constantinopla e, para fugir a isso, a maioria dos maronitas emigra então para as montanhas do norte do atual Líbano, onde uma pequena população de sua comunidade já vivia e lá, se mesclando com outros sírios locais, reconstroem suas estruturas tribais que tinha na figura do patriarca a sua liderança supra tribal além de religiosa.

                                                                                          O Contato com os Europeus

No século XI a expansão do Império dos Turcos Seljúcidas (um povo convertido a religião muçulmana) no Oriente Médio colocam os maronitas novamente na defensiva. Quando os cruzados europeus chegam à Síria, depois de 1096, e lá fundam diversos estados (conhecidos como os Reinos Latinos do Levante), descobrem e se aliam a essa população árabe cristã frente aos muçulmanos locais. Nesse momento, começa ao lento e conflituoso processo de conversão dos maronitas ao catolicismo, algo só concluído totalmente com o Concílio de Luaizé (uma mosteiro no Monte Líbano) de 1736, organizado por emissários do papa Clemente XII e no qual se organiza, nos moldes católicos, a igreja maronita, incluindo a criação de ordens monásticas com regras fixas e a aceitação de normas e ideias católicas como o celibato dos padres, a ideia de purgatório, a teologia centrada na paixão de Cristo e a aproximação da missa e da vestimenta sacerdotal ao modelo católico romano.

Esse processo foi acompanhado de crescentes ligações com o Reino da França cujos mercadores terão uma presença importante na Síria. A França, aliada dos otomanos contra a dinastia alemã dos Habsburgos conseguirá, por meio de acordos (as chamadas Capitulações) com os Otomanos (Senhores da Síria até o século XX) em 1535, se colocar como protetores dos católicos do Império. Esses acordos não causaram problemas aos otomanos enquanto estes eram fortes, mas, no século XIX, diante do avanço mundial do colonialismo europeu, eles foram o principal instrumento de ingerência dos franceses nesse estado. Ao mesmo tempo, uma burguesia urbana se desenvolve nas cidades costeiras da Síria que se enriquece devido ao comércio com os europeus, incluindo aí os franceses. Nessa burguesia há um número grande de maronitas. Essa gente se afrancesa ao longo do século XIX, passando a dar nomes franceses aos filhos e a usar a língua francesa como segundo idioma e, em alguns casos de famílias ricas, como primeiro.

Entre os séculos XVI e XIX os maronitas formaram com os drusos (comunidade religiosa derivada do islã xiita que acredita que Deus encarnara no sultão do Egito al-Hakim do século XI e reformulará totalmente a fé muçulmana, por meio de seus religiosos, cancelando muitos de seus dogmas). Com uma economia baseada na criação do bicho da seda e produção de seda vendida principalmente para a Europa, maronitas e drusos formaram uma simbiose socioeconômica. Essa entidade, o Emirado do Monte Líbano, existiu como uma entidade autônoma dentro do Império Otomano e, era governado por um emir maronita (isto é católico) no fim do século XVIII e começo do XIX. A decadência dessa entidade, no qual a ingerência das potências europeias na politica interna das comunidades religiosas locais foi um dos fatores decisivos, levou a uma sucessão de guerras civis entre maronitas e drusos, terminando na grande guerra civil de 1858-1860, no qual os drusos acabaram massacrando os maronitas antes que a intervenção militar otomano terminasse a guerra.

A França de Napoleão III, aproveitando-se dessa guerra, enviou tropas para a Síria utilizando como pretexto as antigas Capitulações do século XVI que a colocavam como protetora dos católicos do Império Otomano. A Síria era objeto das cobiças coloniais da burguesia de Paris e a antiga aliança com os maronitas era o meio de se começar a se apossar desse país. Da parte dos maronitas, o trauma do massacre na guerra de 1858-1860 reforçou a aproximação com a França que interferiu junto ao governo otomano para criar uma nova entidade política autônoma no Monte Líbano (a Mutassarifiat do Monte Líbano) para favorecer essa comunidade, ao mesmo tempo em que estabelecia laços econômicos fortes com sua burguesia e começava a investir e controlar os serviços públicos da Síria como transportes, abastecimento de água e eletricidade.

Nessa época começa o desenvolvimento dos mitos que afirmam serem os maronitas descendentes dos fenícios, enquanto vários intelectuais começam a elaborar um projeto de tipo nacional no qual os maronitas deveriam conseguir um estado independente por conta da aliança com a França. O patriarca Elias Hoyeki será o grande promotor político desse projeto e o artífice da aliança com a França na I Guerra Mundial. Como o Império Otomano entrou nessa guerra do lado da Alemanha, foi atacado por Grã-Bretanha e França, inimigos de Berlim, e perdeu a guerra tendo suas províncias árabes sido divididas entre os vencedores como colônias através de um dispositivo legal, reconhecido internacionalmente pela recém-fundada Liga das Nações (a ONU da época), os mandatos. A Conferência de San Remo (abril de 1920) entregou a Síria à França que foi militarmente ocupada nesse ano mesmo.

Essa atitude dos maronitas do Monte Líbano desagradou profundamente os seus vizinhos, especialmente as comunidades muçulmanas, e suas elites passaram a colocar em prática políticas visando neutralizar essa aliança tão nociva para a Síria e, depois de 1920, para o Líbano em particular e a Síria de forma geral. O Pacto Nacional de 1943 seguida da independência da França parecia ter anulado o exclusivismo comunitário maronita no Líbano.

No entanto, o acordo de 1943 não seria cumprido nas décadas que se seguiram a independência da França. O Líbano, ao se transformar em um centro de comércio e serviços no Oriente Médio, com médias de crescimento anula de 6% nos anos 1950, não verá essa riqueza compartilhada com as regiões onde os muçulmanos eram majoritários, excetuando certas elites sócias da burguesia cristã, cujo subdesenvolvimento contrastava fortemente com as zonas majoritariamente cristãs. Também era muito visível que os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) dos cristãos era maiores dos que os dos muçulmanos: estes últimos eram mais pobres, tinham menos instrução formal, desfrutavam menos de lazer, comiam de forma pior, viviam menos e tinham bem menos acesso a serviços de esgoto, água potável e eletricidade. Também era visível que a grande maioria dos postos nos serviços públicos eram entregues aos cristãos, especialmente os maronitas.

O governo de Fuad Chehab (1958-1964) tentou corrigir isso e chegou a realizar investimento sociais importantes nas zonas muçulmanas do país. Chehab, embora fosse maronita não compartilhava dos sentimentos exclusivistas de sua comunidade, e por ser um nacionalista libanês, montou um governo com políticos de todas as comunidades ocupando cargos importantes e influentes. Também buscou empregar muitos muçulmanos no serviço público e fundou universidades cujo ensino era em árabe (as existentes então davam principalmente em francês) para assim atrair muçulmanos pobres para os cursos superiores.

Mas, a burguesia cristã, com destaque para a maronita, sabotou o seu governo e as tensões retornaram. Essas tensões eram aumentadas pela presença de 100 mil (número até os anos 1960) refugiados palestinos no país, vindos após a sua expulsão em 1948 pelos sionistas, pois como eram majoritariamente muçulmanos sunitas (os sunitas eram a sua maior comunidade do Líbano na época) temiam as elites maronitas que eles pudessem forçar uma mudança no país para tirar delas os seus privilégios se se aliassem com os muçulmanos locais. Por isso, os políticos e militares maronitas passaram a maltratar esses refugiados, o que causou revolta neles e fez todos os setores progressistas libaneses e as populações muçulmanas a se aproximar dos palestinos.

Contribuíram para essas tensões políticos maronitas extremistas como o presidente Camille Chamoun (1952-1958) e o partido Falange (Kataeb em árabe) passaram a defender, e, momento distintos, um Líbano para os maronitas (no máximo para outros cristãos) e a retomar muitos dos mitos fenicistas (como dizer que os maronitas não eram árabes). O resultado disso foram duas guerras civis, uma em 1958 e a longa entre 1975-1990. Nessas guerras, que contaram com intervenções estrangeiras, muitas vezes a favor dos maronitas, o Líbano foi ocupado pelos EUA, Israel, Síria, Liga Árabe, França, Tropas da ONU, os maronitas acabaram derrotados, mas foram preservados em suas posições econômicas e a figura do presidente libanês continuou sendo maronita, mas perderam grande parte do poder que tiveram no país e uma nova geração de políticos libaneses se afastou cada vez mais do exclusivismo comunitário como foi o caso do presidente Emile Lahoud (1998-2007).

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