Professor
José J.
Respondeu há 5 anos
O item E esta certo. O processo de abolição da escravidão, que começou com a Lei do Ventre Livre de 1871, rompeu a aliança entre a elite agrária e a monarquia, a razão principal da existência do regime, pois a família real deveria ser uma protetora da propriedade escravista. Uma reação importante inicial foi a formação do Partido Republicano Paulista na Convenção de Itu de 1873. lembrando que, a partir da década de 1870, a elite paulista começa a sua acensão por conta do Café rapidamente ultrapassando a elite cafeeira do vale do Paraíba carioca como produtora principal do maior produto de exportação do Brasil na época. O Movimento republicano, cada vez mais forte entre as elites agrárias atuará na década de 1880 junto com o abolicionista, as vezes se fundindo, promovendo um grande desgaste na monarquia. Além disso, como mostram autores como José Murilo de Carvalho, com a Lei do Ventre Livre, muitos senhores de escravos libertaram os seus cativos para não terem de conviver com agente dos governo em suas terras fiscalizando-os para ver se cumpriam com as exigências da lei de 1871 em relação a proteção e educação das crianças nascidas à partir de 1871 ou a pressão para entregar elas ao estado, em troca de indenização, quando atingissem oito anos de idade e o estado se encarregaria do seu sustento e educação. Essa leia abalou o sistema escravista levando a redução do número de cativos de 1,5 milhão em 1873 para 723 mil em 1887. Essa lei foi aprovada contra a vontade dos fazendeiros do sul cujos representantes no parlamento nacional, em sua maior parte, votaram contra, enquanto os parlamentares do Nordeste (onde por conta da estagnação econômica a escravidão havia entrado em decadência e grande parte dos cativos tinham sido vendidos para o Sul) foram os principais responsáveis por sua aprovação. Como o Sul (atual Sudeste) era oc entro econômico do país por ser o maior produtor do Café isso levou os fazendeiros a apoiarem cada vez mais o republicanismo, tendo a Lei Áurea de 1888 acabado com as ultimas bases sociais de apoio entre as elites do Sul.