E a vida, o que é? Diga lá, meu irmão...
Por: Leonardo S.
18 de Maio de 2015

E a vida, o que é? Diga lá, meu irmão...

Física EM EsSA Física básica

               Desde a era das grandes navegações, creio não ter havido um esforço científico tão grande na exploração de novas realidades como os programas espaciais que perduram desde a segunda metade do século passado. O mundo tem olhado cada vez mais longe para o céu e descoberto um universo misterioso e, por vezes, assustador!

                Impossível não cair na tentação de se perguntar: estamos sozinhos nesta imensa escuridão? Dizer que sim parece ser desolador para o mundo científico e, talvez por isso, cada vez mais nos debruçamos sobre tentar descobrir se lá fora, no incontável número de galáxias que nos cercam, existe algum tipo de vida.

                Mas a tentativa dos astrônomos e físicos tem esbarrado numa pergunta muito mais básica: O que é a vida? O que, afinal, estamos procurando lá fora? Essa pergunta dá uma boa discussão filosófica entre os cientistas.

                Na escola aprendemos que seres vivos são aqueles que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Mas e as moças que ficam para titia? E os celibatários? E todos os indivíduos que por qualquer motivo não tenham gerado descendentes ao longo da vida? Eles não são mais seres vivos por não ter se reproduzido? Isso mostra que não podemos aplicar cegamente nossas definições de vida a todo o universo. Inteligência, complexidade biológica, características locomotoras e metabólicas... Nada disso compreende perfeitamente todas as formas de vida conhecidas. Se fôssemos montar um catálogo de todas as formas de vida que existem ou que se tem notícia, nem mesmo haveria unanimidade sobre que seres deveriam ser chamados de vivos ou não.

                Se nos depararmos um dia com uma forma de vida em outro planeta, como saberemos que é um ser vivo? Não seria essa busca como pedir a uma criança que ache um anel qualquer em uma joalheria? Lá tem muitos anéis de diversas formas e cores. É fácil achar qualquer um deles... Mas tem um detalhe: você se esqueceu de ensinar à criança o que é um anel! Ela vai procurar, esbarrar em dezenas deles, e é bem provável que volte frustrada por não ter encontrado um anel sequer.

                Não sabemos ao certo o que estamos buscando lá fora, como a criança que foi procurar um anel sem saber o que era isso. Que vamos achar homenzinhos verdes e de antenas, pouco se acredita. Pensamos em seres menos complexos, como algum tipo de organismo primitivo dos que deram origem à vida na Terra, ou simplesmente condições de existência da vida (água, temperatura favorável...).

                De qualquer forma, o importante é que, como na era das grandes navegações, os cientistas não tenham medo de explorar o desconhecido. Um dia a verdade, por ela mesma, ainda que desconhecida ou ignorada, surgirá no horizonte.

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Leonardo S.
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Graduação: Bacharelado em Física (UFF - Universidade Federal Fluminense)
Sou professor de Matemática, Física, Cálculo
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