Qual a menor parte da matéria? Os mistérios das partículas e
Por: Leonardo S.
11 de Maio de 2015

Qual a menor parte da matéria? Os mistérios das partículas e

Física EM Elétrica EsSA

               Você está no melhor laboratório do mundo e te entregam um pedaço de madeira com a missão: divida esse pedaço de madeira em pedaços cada vez menores, o máximo que você conseguir. Facilmente você consegue transformar a madeira em finíssimos pedaços, quase um pó. Se você dispõe de técnicas mais avançadas você ainda consegue dividir um desses grãos de madeira até escalas microscópicas. Mas a pergunta que fica é: essa divisão da matéria em pedaços menores nunca acaba? Não existe um limite de tamanho que seja impossível continuar dividindo a matéria?

                Os gregos pensaram bastante sobre essas perguntas e chegaram à conclusão de que existe um limite. E esse limite é o átomo! O átomo, na visão dos gregos, é um elemento indivisível, pelo qual todo o universo é constituído. Tudo é feito de átomo e, por melhor que sejam suas técnicas, você não conseguirá dividir um átomo! Certo? Nem tanto...

                Com a descoberta dos elétrons no século XIX e depois dos experimentos de Rutherford no início do século XX ficou evidente que os átomos não são maciços. Mantidas as devidas proporções, um átomo pode ser pensado como um núcleo eletricamente positivo do tamanho de uma bola de tênis no centro do estádio do maracanã, e elétrons eletricamente negativos, muito menores, girando na arquibancada. Todo o resto é um imenso vazio entre os elétrons e o núcleo. Na década de 1930, percebeu-se ainda que o núcleo é dividido em prótons (com carga positiva) e nêutrons (sem carga elétrica).

                E assim, o mundo subatômico se mostrou muito mais misterioso e divertido do que se pensava. Nas últimas décadas foram descobertas várias partículas menores que um átomo e que estão presentes na constituição da matéria que conhecemos. Sabemos agora que prótons, elétrons e nêutrons fazem parte de uma verdadeira sopa de partículas elementares que formam o universo.

                Recentemente uma dessas partículas ganhou fama: o bóson de Higgs. Cobiçado entre os cientistas, se tornou misterioso principalmente pelo apelido de God particle (partícula Deus) que foi erroneamente traduzido por partícula de Deus. Nada há de místico nessa partícula. Seu apelido vem por sua importância em relação às outras e por pressões de marketing comercial. Seria ela a responsável pelas diferentes massas de todas as partículas conhecidas.

                Hoje a pergunta dos gregos continua aberta. Será que os cientistas conseguirão dividir ainda mais a matéria? No futuro surgirão novas partículas elementares? Do Nobel de literatura, George Shaw: “A ciência nunca resolve um problema sem criar pelo menos outros dez”.

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Leonardo S.
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Leonardo S.
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Física Geral MRU Calor
Graduação: Bacharelado em Física (UFF - Universidade Federal Fluminense)
Sou professor de Matemática, Física, Cálculo
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